Ter olhos de criança
Os questionamentos a que algumas pessoas se impõem, não são desconfianças nem atitudes que lembram os Fariseus, pois esses sim, apenas duvidavam, se até mesmo um milagre presenciassem. Ao contrário de Tomé, que duvidava querendo não duvidar, mas sim, querendo ver.
Não vejo as dúvidas, questionamentos e até mesmo as desconfianças como atitudes reprováveis, pois se não questionarmos nunca saberemos as respostas e consequentemente nunca a verdade nos será revelada.
A busca pela verdade, que talvez nos faça agir dessa forma. Sem dúvida, não há verdade e sem verdade não há aprendizado.
Portanto quando duvidamos de algum ensinamento ou de alguma pessoa, na verdade estamos tentando ajustar nossa visão, nossa maneira de enxergar.
Quando agimos assim colhemos somente a parte positiva de tudo que nos é apresentado e passamos não somente a enxergar, mas a ver também.
As pessoas por mais inteligentes que sejam as vezes estão cegas a uma visão maior. Lembro-me de uma história sobre o grande Mark Twain que apesar da sua grande inteligência, assim mesmo foi apanhado pela cegueira. Twain recebeu a visita de um homem que buscava investidores para sua invenção, o qual carregava debaixo de seu braço seu invento, uma engenhoca de aparência estranha. Após longa explicação a Twain sobre sua invenção este escutou a recusa por parte de Twain .Desesperado o inventor disse :
- “Mas não estou pedindo que o senhor invista uma fortuna, pode ter a participação que desejar por 500 dólares”. Ainda assim, Mark Twain sacudiu a cabeça. Não estava disposto a se arriscar em uma invenção que não fazia nenhum sentido para ele. Quando o inventor resolveu ir embora com sua máquina, o escritor o chamou:
-“Como é mesmo o seu nome?”
- “Bell”, o homem respondeu, com um traço de melancolia na voz, “Alexander Bell”.
Essa passagem expressa bem o que é enxergar e ver. Pessoas perspicazes enxergam o reino do óbvio, do esperado e do essencial. As dimensões que enxergam são compridas e largas, mas não profundas. Só conseguiremos aprofundar e consequentemente ver a verdade, quando realmente tivermos olhos de criança e assim aumentarmos nossa dimensão no universo que vivemos, pois ver e não enxergar é comum; ver e enxergar é habilidade; enxergar o que vê é inteligência,mas enxergar o que não se vê, é privilégio.
Espero um dia ser um privilegiado e ter finalmente “OLHOS DE CRIANÇA”
Ronaldo Telles Costa
21/08/2009
"Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque esta escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e beneficio de todos, aceite-o e viva-o".
Buda
Buda
Reflexão da Semana
A vida só pode ser entendida olhando-se para trás. Mas só pode ser vivida olhando-se para frente.
S. Kierkegaard
S. Kierkegaard
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
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